segunda-feira, 23 de maio de 2016

Romantismo em Portugal 1825 - 1865.


Romantismo em Portugal (1825/1865) 

- 1825 – publicação do poema narrativo Camões, de 

Almeida Garrett, em que o autor apresenta um biografia 

sentimental do grande poeta renascentista português.

- 1865 – ocorrência da Questão Cimbrã, uma polêmica 

intelectual que envolveu escritores românticos e escritores 

novatos. Tem esse nome porque centralizou-se em Coimbra, 

cidade portuguesa que abriga uma das mais antigas 

universidades da Europa.

Nesse contexto ocorrem as primeiras manisfestações do 

Romantismo português que se desenvolveu em três 

momentos distintos:

1º momento – escritores com características ainda 

neoclássicas:

Almeida Garrett ,  Camões (1825) / Dona Branca (1826) / 

Folhas Caídas (1853) poeisa / Viagens na minha Terra 

(1846) prosa / Frei Luís de Sousa (1844) teatro

Alexandre Herculano(1810/1877) – O Bobo (1843) / Eurico, 

o presbítero (1844) / O monge de Cister (1848) / Lendas e 

narrativas (1851)

Antônio Feliciano de Castilho (1800/18750) – A noite do 

castelo (1836) / Os ciúmes do bardo (1836)

2° momento – Escritores plenamente românticos

Soares de Passos (1826/1860) – Poesias (1855)

Camilo Castelo Branco (1825/1890) – Amor de Perdição 

(1862) / Amor de Salvação (1868) / A doida do Candal 

(1867)

3° momento – Escritores de um romantismo mais contido

João de Deus (1830/1896) – Campo de Flores (1893)

Júlio Dinis (1839/1871) – As pupilas do senhor reitor (1867) 

/ A morgadinha dos canaviais (1868) / Uma família inglesa

 (1868) /Os fidalgos da casa mourisca (1871)

Período de Transição (1808-1836)
Simultaneamente ao final das últimas produções do
 movimento árcade, ocorreu a vinda da Família Real 
portuguesa para o Brasil. Esse acontecimento, no ano de
 1808, significou, o início do processo de Independencia da 
Colônia. O período compreendido entre 1808 e 1836 é 
considerado de transição na literatura brasileira devido à
 transferência do poder de Portugal para as terras 
brasileiras que trouxe consigo, além da corte e da realeza, as novidades e modelos literários do Velho Continente nos 
moldes franceses e ingleses. Houve também a mudança de 
foco artístico e cultural, da Bahia para o Rio de Janeiro, 
capital da colônia desde o ano de 1763.

O Romantismo no Brasil teve como marco fundador a 
publicação do livro de poemas "Suspiros poéticos e
 saudades", de Domingos José Gonçalves de Magalhães
em 1836, e durou 45 anos. Nos primórdios dessa fase 
literária, 1833, um grupo de jovens estudantes brasileiros 
em Paris, sob a orientação de Gonçalves Magalhães e 
de Manuel de Araújo Porto Alegre, inicia um processo de 
renovação das letras, influenciados por Almeida Garret 
pela leitura dos românticos franceses. Em 1836, ainda em 
Paris o mesmo grupo de brasileiros funda a Revista 
Brasiliense de Ciências, Letras e Artes, cujos dois primeiros 
números traziam como epígrafe: "Tudo pelo Brasil e para o 
Brasil". Ainda no mesmo ano, no Brasil - momento histórico 
em que ocorre o Romantismo, 14 anos após a sua 
Independência - esse movimento é visível pela valorização 
do nacionalismo e da liberdade, sentimentos que se 
ajustavam ao espírito de um país que acabava de se tornar 
uma nação rompendo com o domínio colonial.

De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado como 
reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução 
da Assembléia Constituinte; a Constituição outorgada
a Confederação do Equador; a luta pelo trono português 
contra seu irmão D. Miguel; a acusação de ter mandado 
assassinar Líbero Badaró e, finalmente, a abdicação. Segue-
se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro 
II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge o 
Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, 
principalmente, de nacionalismo.

Assim é que, a primeira geração do Romantismo destaca-se 
na tentativa de diferenciar o movimento das origens 
européias e adaptá-lo, de maneira nacionalista, à natureza
 exótica e ao passado histórico brasileiros. Os primeiros 
românticos eram utópicos.Para criar uma nova identidade 
nacional, buscavam suas bases no nativismo do período 
literário anterior, no elogio à terra e ao homem primitivo.
 Inspirados em Montaigne e Rousseau idealizavam os 
índios como bons selvagens, cujos valores heróicos tomavam
 como modelo da formação do povo brasileiro.


Postagem: Roberta Delesporte.

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